O sono na menô - Artigo de luxo?
Você valoriza o seu sono? Já parou para pensar sobre a importância dele na sua saúde? Dormir pouco causa sérios danos à saúde como, por exemplo, o desequilíbrio no sistema neuro-endócrino-imunológico que leva ao envelhecimento, além de alterações de humor, perda de memória, pressão alta, diabetes, obesidade e aumento do risco para infarto e derrame (AVC). E isso é muito sério!!! O problema é que a tendência à insônia aumenta naturalmente com a idade, devido ao declínio na produção de melatonina. E, nas mulheres, ainda existe um fator agravante conhecido como climatério, quando se instala o desequilíbrio hormonal pela queda na produção de estrogênios e progesterona, que são hormônios associados à regulação do nosso sono. E não é só isso! No período de transição para a menopausa, o desequilíbrio hormonal se intensifica e nos torna vulneráveis às alterações de humor, depressão, ansiedade, suores, fogachos e problemas urinários, que podem acontecer à noite e perturbar ainda mais o sono. A insônia é um problema sério e não deve ser tratada com descaso.
Se não tomarmos providências, a insônia eventual pode se transformar em crônica. É o que chamamos de insônia aprendida e perpetuada e aí os danos serão ainda maiores e o nosso relógio biológico poderá estar em risco. Para evitarmos esse processo, antes de mais nada, recomendamos a higiene do sono, que é uma técnica descrita já há algum tempo, sem medicação, com resultados excelentes e que deve ser incorporada ao dia-a-dia, independente de qual seja a opção de tratamento. Os casos de ansiedade leve, típicos do climatério, que dificultam pegar no sono podem ainda ser resolvidos com o uso de calmantes naturais, fitoterápicos, na forma de chás ou tinturas vegetais como Valeriana, Mulungu, Melissa, Erva de São João, Passiflora, Avenna sattiva e até chá de banana, por ser rico em magnésio. Práticas complementares como Acupuntura, Yoga, Meditação, Reiki, Massagens, Aromaterapia (óleos essenciais de lavanda e verbena, por exemplo) ou a prática diária de exercícios físicos são fundamentais para prevenir as alterações de humor, promover o bem-estar e sono de qualidade. A suplementação de nutrientes, melatonina e/ou reposição hormonal em casos específicos trazem excelentes resultados, particularmente se os calorões estiverem presentes. O uso esporádico de medicamentos para dormir até pode estar indicado, dependendo da necessidade individual de cada um, mas os populares soníferos (benzodiazepínicos) não são mais receitados para a insônia típica do climatério. Se isso acontecer, o ideal seria usar uma vez ou outra e, mesmo assim, os mais leves, com menor potencial de causar dependência. Diante de um quadro de ansiedade mais intenso, em que a insônia parece caminhar para a forma crônica, podemos considerar a indicação de um tratamento psicoterapêutico e o uso de antidepressivos, mas não sem antes tentar os métodos mais naturais citados anteriormente. Ah, e não se esqueça de fazer a higiene do sono como já comentamos por aqui!
Tenha bons sonhos!