
TPM ou perimenopausa
Irritabilidade, cansaço, choro fácil, ansiedade, falta de memória, vontade de SUMIR: tudo isso cabe na famosa caixinha da TPM. Mas, depois dos 40, essa mesma caixinha começa a transbordar. Será que tudo isso ainda é TPM… ou já é a perimenopausa batendo na porta?
A resposta? Provavelmente as duas coisas ao mesmo tempo!
A TPM é causada principalmente pela flutuação da progesterona na fase final do ciclo menstrual. Só que, a partir dos 40, o que já era montanha-russa hormonal vira looping. “A queda de estrogênio e progesterona altera o eixo do humor, do sono, da memória, da pele — e, claro, da disposição. Por isso a sensação de cansaço e fadiga também ficam exacerbadas durante a TPM”, diz Dra. Patricia Valentini Melo, ginecologista e consultora na formulação do SHE_Talks 40+.
Resultado: a TPM parece mais longa, mais intensa, mais confusa. E o cérebro fica tentando funcionar com menos combustível. Esse cenário ainda piora se o corpo estiver inflamado: estresse crônico, sono ruim, excesso de álcool, açúcar, glúten, ultraprocessados e sedentarismo potencializam os sintomas hormonais.
“Os hormônios durante a perimenopausa estão flutuando demais: eles podem estar muito altos em um dia e muito baixos no outro. E muitas mulheres com sintomas de perimenopausa ainda estão experimentando um ciclo regular”, conta Sharon Malone, médica expert no assunto ao podcast de Tamsen Fadal, autora do livro How To Menopause. “E então você vai ver o seu médico e ele pergunta quando foi a sua última menstruação, você diz que foi há duas semanas e a menopausa é automaticamente descartada. Isso não é correto.”
Prevenir é melhor do que surtar
O combo de dieta antiinflamatória, exercícios regulares, sono consistente e força extra de suplementos pensados para esse ciclo ajudam demais.
No nosso suplemento SHE_Talks 40+, a gente incluiu ativos como óleo de linhaça (aliado clássico na TPM), magnésio, vitaminas do complexo B e vitamina D — coadjuvantes na hora de lidar com a fadiga, irritabilidade e o famoso nevoeiro mental, que começa a dar as caras nessa fase.
Não é drama, não é frescura: é o corpo mudando o tom — e pedindo um novo ritmo de cuidado.
Remédio para fogacho? É verdade esse bilhete!
A Bayer está desenvolvendo o Elinzanetant, um medicamento não hormonal que promete aliviar sintomas vasomotores da menopausa, especialmente os famosos fogachos. Diferente das terapias tradicionais, que utilizam hormônios, o Elinzanetant atua diretamente no sistema nervoso central, bloqueando os receptores de neurocinina-1 e -3 (NK-1 e NK-3), responsáveis pela regulação da temperatura corporal.
Em estudos clínicos, o Elinzanetant demonstrou eficácia na redução da frequência e intensidade dos fogachos em mulheres com idades entre 40 e 65 anos. Eles foram conduzidos em 15 países diferentes e em 184 centros de estudos da farmacêutica. Os testes ainda indicaram melhorias na qualidade do sono e, consequentemente, na qualidade de vida geral das participantes.
A Bayer submeteu o pedido de registro do Elinzanetant ao FDA em agosto de 2024 e a expectativa é que a aprovação ocorra até o final de 2025 nos Estados Unidos e na Europa.
E queremos saber: o que tem feito por aí para amenizar os fogachos?